segunda-feira, 5 de março de 2018

Mundo digital: cuidados com crianças e adolescentes







Mundo digital: cuidados com crianças e adolescentes

Saiba quais são os cuidados do uso da tecnologia no dia a dia de crianças e adolescentes

A tecnologia transformou a comunicação e as relações em todo o mundo e isso parece ser irreversível. Oito em cada dez crianças e adolescentes, entre 9 e 17 anos, acessam a internet, sendo que 91% delas fazem isso por meio do celular. Os dados são da pesquisa Tic Kids Online Brasil 2016, que assim como outros estudos, evidenciou os perigos por trás do uso indiscriminado das tecnologias. Veja nessa cartilha quais os cuidados necessários para evitar os danos causados por esse acesso descontrolado.

Uma pesquisa divulgada em 2017 pela Universidade de Seul, na Coreia do Sul, revelou que a dependência por smartphone já pode ser considerada um vício porque provoca alterações químicas no cérebro e índices de abstinência semelhantes ao uso de drogas. O mesmo estudo identificou que os adolescentes com nomofobia - nome dado à dependência de internet - apresentaram mais sinais de depressão, ansiedade, insônia e impulsividade.
O acesso traz sim benefícios. Um deles é a aquisiçãoo de conhecimento por meio, por exemplo, de pesquisas escolares, leitura de notícias, visualização de mapas e jogos educativos, mas desde que no tempo e idade adequados. Isso porque o mundo digital pode também influenciar negativamente os hábitos desde o início da infância.
O uso excessivo da tecnologia, especialmente do meio digital, pode facilitar o desenvolvimento de fobia social, déficit de atenção, depressão e compulsão pelas redes socais. Além disso, outros problemas relacionados ao uso exagerado são:
  • Dificuldades de socialização e conexão com outras pessoas;
  • Dificuldade no processo de aprendizagem;
  • Aumento da ansiedade, violência, cyberbullying, transtornos de sono e sedentarismo;
  • Problemas auditivos por uso de fones de ouvido (headphones), problemas visuais e de postura e lesões de esforço repetitivo (LER);
  • Acesso à pornografia e redes de pedofilia;
  • Exploração sexual online;
  • Compra e uso de drogas;
  • Pensamentos ou gestos de autoagressão e suicídio.
Ainda que o uso das tecnologias e o acesso ao vasto universo da internet possam proporcionar conhecimento, estar mais conectado também coloca as crianças e adolescente em maior risco como relaciona a pesquisa Tic Kids Online Brasil 2016.
  • 7% das crianças e adolescentes se sentiram discriminados na rede no último ano;
  • 10 milhões de crianças e adolescentes declararam ter visto alguém ser discriminado na Internet em 2016;
  • 69% utilizaram a rede com segurança, segundo os pais ou responsáveis;
  • 20% viram imagens ou vídeos de conteúdo sexual;




CUIDADOS IMPORTANTES
As recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) são para que os pais sejam presentes, cuidadosos e vigilantes. As dicas são:

  • Estabelecer regras e limites claros determinando o tempo de uso de acordo com a idade e desenvolvimento da criança e adolescente;
  • Evitar e, se necessário, proibir, a exposição passiva de conteúdos inapropriados para crianças menores de 2 anos;
  • Limitar o tempo de exposição ao máximo de uma hora por dia, para crianças entre 2 a 5 anos de idade;
  • Crianças de até dez anos não devem fazer uso de televisão ou computador em seus quartos;
  • Adolescentes não devem ficar isolados nos seus quartos ou ultrapassar suas horas de sono saudável;
  • Equilibrar as horas de jogos online com atividade física e contato com a natureza;
  • Crianças menores de seis anos devem ser protegidas da violência virtual presente em filmes e jogos violentos, por exemplo
  • Orientar a nunca compartilhar senhas, fotos ou informações pessoais;
  • Não se expor em webcam para pessoas desconhecidas, nem postar fotos íntimas ou nudez;
  • Monitorar redes sociais, sites e aplicativos acessados pelos filhos;
  • Conversar sobre os perigos e riscos da internet ou encontros com pessoas desconhecidas;
  • Usar antivírus, antispam, antimalware e softwares ou programas que têm filtros de segurança e monitoramento para palavras ou sites;
  • Incentivar a ética e o respeito para que não pratiquem o cyberbullying;
  • Aproveitar, aos finais de semana, as oportunidades de permanecer sem o uso de tecnologia, brincando de maneira interativa e construindo uma relação de confiança.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)/ Psychology Today/ TIC KIDS ONLINE BRASIL – Pesquisa Sobre o Uso da Internet por Crianças e Adolescentes no Brasil 2016




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