quinta-feira, 2 de março de 2017

a fórmula da família perfeita





Não existe família perfeita, existe família bem sucedida. Existe a família real! A família real é um paradoxo. É constituída de virtudes, contradições e angústias. Ela aprende a viver bem pelo processo de superação cotidiano e contínuo de suas rachaduras e ambigüidades.

O mal é comum a todas as famílias, que enfrentam problemas comuns, e que vencem ou perdem as batalhas em conflitos de caráter comum e ordinário.
Qual é o segredo de famílias eficazes? Existe algum segredo?

Eu não chamaria de segredo. Chamaria de princípios. Existem princípios que conduzem a uma vida familiar saudável e explicam a razão do seu fracasso. Proponho-me a definir que uma família bem sucedida é o resultado de uma vida espiritual saudável. Se quisermos falar de uma fórmula, ela se encontra na autêntica espiritualidade cristã. Não há como uma família viver os princípios cristãos e não ser saudável e eficaz na sua existência. É sucesso garantido!

É bom compreendermos que sucesso, saúde e eficácia são diferentes de felicidade. Não existe felicidade familiar, se pensarmos que ela significa ausência de conflitos, de discussões, mágoas, ressentimentos, distanciamentos, frustrações, tristezas e tribulações.

Porém, se entendermos felicidade como os vários momentos de alegria que uma família bem ajustada experimenta como resultados dos valores que pratica, então podem falar de felicidade na família. Os valores e princípios cristãos normais possuem condições apropriadas para capacitar qualquer família a superar seus conflitos comuns e alcançar qualidade em sua dinâmica existencial diária.

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‘‘ sua bondade, justiça e Se formos capazes de imitarmos a Deus em  misericórdia, seremos indubitavelmente, uma família de sucesso, saudável e eficaz”

Se formos capazes de perdoar sempre, de andar a segunda milha, dar a outra face, de amar a quem nos fere, de fazer o bem a todos, de sermos humildes, mansos e misericordiosos; de sermos honestos e fiéis, cuidadosos no falar, confiáveis, de nos reconciliarmos sempre e com urgência após nossos conflitos, de nos aceitarmos como somos sem julgamentos, de tratarmos os outros como gostaríamos de ser tratados; enfim, se formos capazes de imitarmos a Deus em sua bondade, justiça e misericórdia, seremos indubitavelmente, uma família de sucesso, saudável e eficaz.

Talvez pensemos que, obviamente, se tivermos todos esses predicados, seremos de fato uma família de qualidade. Mas a questão é, que família vive assim?

A resposta é: a família verdadeiramente cristã! Esta lista de virtudes são as marcas que Jesus delineou como características distintivas de todos os seus discípulos, no famoso Sermão do Monte! Pelo poder do Espírito Santo que habita em nós, somos capacitados a praticar todas essas virtudes. Sendo assim, é a qualidade da vida espiritual que praticamos que está em cheque.

Precisamos rever a compreensão que temos da espiritualidade cristã. Em linhas gerais, ela pode ser entendida como uma profunda experiência de comunhão com Cristo, desenvolvida por meio de várias disciplinas espirituais, a saber, oração, estudo e compreensão da palavra de Deus, e o exercício dos dons espirituais na dinâmica das relações interpessoais na comunidade cristã.

Ela sempre se manifestará num processo permanente de obediência radical, incluindo a possibilidade de deslizes, falhas, desacertos e pecados não intencionais, (e até, ocasionalmente, de pecados intencionais, infelizmente).
Ela priorizará o cultivo de um coração contrito, na experiência da iniciativa de arrependimento, de reconciliações, reparações, restituições, de consertos e na retomada cíclica da vida do discipulado sob o emblema da cruz e da graça de Cristo.

A espiritualidade cristã pode ser muito mais do que isso, mais jamais menos! Karl Barth afirma no seu comentário do livro de Romanos:

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“Graça significa que menos que tudo não é suficiente. A graça é inimiga de todos os arranjos.” 

Viver sob o emblema da cruz e da graça significa não negociar com o pecado. Implica a não aceitação da mediocridade de uma vida rasteira e incoerente.

 “Exortação é fazer a Graça valer como exigência.” 

Sob a verdadeira Graça não há arranjos, negociações e nem justificativas. 
Sob a Graça, o discipulado não é opcional. 
Sob a Graça a espiritualidade acontece em todo o seu esplendor, mesmo sob as terríveis condições alienantes e contraditórias da existência. 
É de Barth também a afirmação de que “se Jesus está em nós o mundo não está abandonado”

Essa é a razão maior que explica o porquê de a espiritualidade cristã ser capaz de revolucionar a vida familiar e o mundo. Cristo está vivendo em nós, e se isso é verdade, a família jamais estará abandonada!

A verdadeira espiritualidade consiste em se experimentar a capacitação divina da presença de Cristo vivendo através de cada um de nós.

Se Cristo vive em nós, nossa família será saudável e terá qualidade. A fórmula da família eficaz é a da vida que vive reproduzindo Cristo na dinâmica da vida diária, porque vive nele, sob sua presença, orientação e controle. Não tem como dar errado.

fonte:http://batistasparana.org.br/midia/revista-juntos/
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