CAUSAS DO BULLYING
Eu vejo que as causas mais comuns do Bullying no ambiente de trabalho pode ser estas duas:
- Pessoas que pretendem o poder ou melhor posição em suas carreiras através da humilhação alheia.
- Pessoas inseguras que precisam diminuir quem está por perto de forma que se sintam superiores.
Alguns exemplos de comportamentos de bullying no local de trabalho:
• Críticas não cabíveis
• Culpar o funcionário sem uma justificativa real
• Ser tratado de forma diferente da sua equipe de trabalho
• Ser alvo de xingamentos
• Ser excluído ou isolado socialmente
• Ser alvo de gritos ou ser humilhado
• Ser alvo de piadas
• Ser constantemente e excessivamente vigiado
PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS
A pessoa que sofre bullying pode ter seu desempenho profissional prejudicado, pois pode haver sentimento de menos valia instalado pelos comentários maldosos ou agressões que poderá reduzir drasticamente o potencial de trabalho. É possível que esta pessoa chegue a pedir demissão sem mesmo declarar a seus superiores, ou ao RH, o que se passa com ela. Esta falta de comunicação com os superiores se deve ao fato de que normalmente o agressor usa de sutileza incluindo comentários que inibem o agredido.
Vale ressaltar que, no bullying, o agressor pode identificar quem teria estrutura emocional com certa fragilidade e quais formas de agressão seriam mais doloridas e teria até uma “plateia” às suas agressões – dando assim a impressão de que recebe apoio do grupo ao redor quando na verdade este grupo pode estar simplesmente admirado e sem coragem de fazer algo com medo se torna-se a próxima vitima ou de ser visto como o “fraco da vez”.
Como a prática do Bullying no local de trabalho afeta as pessoas
Alvos da prática do bullying vivenciam sérios problemas físicos e mentais:
• Alto stress; desordem de stress pós-traumático
• Problemas financeiros causados por faltas
• Baixa auto-estima
• Problemas musculares
• Fobias
• Dificuldades para dormir
• Alto índice de depressão/auto-acusação
• Problemas de ordem digestiva/alimentar
ONDE OCORRE
Pode ocorrer em ambientes onde grupos de pessoas frequentem com assiduidade, e neste contexto temos escolas, clubes, associações, e locais de trabalho.
Vale lembrar que não podemos chamar de bullying todo sofrimento que ocorre nestes grupos. Se uma pessoa é chamado atenção devidos a erros em seu trabalho, podemos dizer que o intuito foi de corrigir seus erros e não que sofreu bullying.
Como a prática do Bullying afeta as empresas:
Cada uma das conseqüências citadas acima pode ter um custo muito alto para uma empresa. Os custos da prática do bullying geralmente se encaixam em três categorias:
1. Recontratação de funcionários que saem por serem alvos de bullying.
2. Tempo gasto na resolução de conflitos causados pela prática do bullying: energia é dirigida a assuntos que não dizem respeito à produtividade no trabalho.
3. Gastos relacionados à investigação da prática do bullying e potenciais processos trabalhistas.
A quebra da confiança em um ambiente aonde existe a prática do bullying pode significar que os funcionários não serão capazes de contribuir com o seu melhor desempenho ou dar idéias novas de melhorias ou opiniões sobre fracassos que poderiam ser revertidos de maneira aberta e honesta.
COMO PREVENIR
Acredito na informação. O bullying só vira bullying porque a vitima sofreu sem reagir – caso contrario teríamos um agressor agindo sem sucesso.
Normalmente as vitimas não reagem pois consideram que não devem (o agressor tem cargo acima do seu) , não merecem reagir (acreditam que o agressor menciona “verdades” sobre ele) ou não tem forças para reagir (acredita que são tantos os que apoiam o agressor que não teria como lidar com tanta gente).
Vale organizar palestras informativas, e-mails, cartazes , enfim tudo o que dê segurança que a quem está sendo agredido, que mostre que ele tem apoio e pode se defender.
COMO QUE OS GESTORES DAS EMPRESAS DEVEM AGIR E SE POSICIONAR
Há muitos caminhos, talvez ouvir a quem reclama de bullying, não considerando que ele deve se virar sozinho e punindo os agressores.
Quando um funcionário dá um soco em outro a empresa toma providencias, certo?
Mas quando o soco é desferido de forma mais sutil, em forma de “brincadeiras”, comentários de corredores, fofocas, a ferida emocional pode ser até maior que se tivesse levado um soco físico, mas muitas vezes, a empresa considera que não deve se envolver, mas será que esta atitude não incentiva os agressores a continuarem?
O que pode ser feito? Aqui vão algumas dicas do que fazer:
Funcionários:
Retome o controle da situação!
• Reconheça que você está sendo alvo de bullying
• Reconheça que você NÂO é o causador do problema.
• Reconheça que a prática do bullying tem a ver com controle e portanto, não tem nada a ver com o seu desempenho no trabalho.
Tome uma atitude!
• Faça anotações em um diário detalhando a natureza da prática do bullying: datas, horários, locais, o que foi dito ou feito e quem estava presente.
• Guarde cópias de qualquer prova da prática do bullying contra você, documentos que mostrem a contradição das acusações do agressor contra você: relatórios, cartão ponto, etc.
Outras ações:
• Tenha em mente que o agressor irá negar e talvez reverter suas alegações; tenha sempre uma testemunha com você quando estiver na presença de um agressor; denuncie o comportamento à pessoa apropriada.
Empresários:
• Crie uma política de tolerância zero à prática do bullying dentro da sua empresa. A política deve fazer parte de um comprometimento amplo para um local de trabalho seguro e sadio e deve envolver representantes do departamento de recursos humanos.
Quando a prática do bullying for testemunhada ou denunciada por alguém, o problema deve ser resolvido imediatamente.
• Se a prática do bullying já faz parte da cultura da sua empresa, queixas devem ser levadas a sério e investigadas prontamente. A re-alocação das pessoas envolvidas pode ser necessária sob a alegação: “inocente até que se prove o contrário”.
• Organize sua empresa para que seus funcionários possam participar da tomada das decisões em algumas situações. Isto ajuda muito a criar um ambiente aonde as pessoas se sentem importantes e valorizadas.
• Realize treinamentos que esclareçam o que é a prática do bullying.
• Encoraje políticas de portas abertas no local de trabalho.
• Investigue o tamanho e a natureza dos conflitos.
• Capacite gerencias e chefias para terem habilidades e sensibilidade ao lidar e resolver conflitos.
• Demonstre um comprometimento “de cima para baixo” sobre o que é e o que não é um comportamento aceitável no local de trabalho.
Se você sabe que a prática do bullying acontece no seu local de trabalho e não faz nada, você está aceitando compartilhar da responsabilidade por abusos futuros. Isto significa que testemunhas da prática do bullying devem ser encorajadas a denunciar tais incidentes. Indivíduos sentem-se muito menos motivados a terem comportamentos anti-sociais no trabalho quando fica claro que a empresa não tolera tais comportamentos e que os agressores serão punidos.
Na verdade, o ideal seria que empresas e organizações tivessem a possibilidade de ofertar aos seus trabalhadores momentos de aproximação e diálogos que permitissem a estas pessoas se conhecerem melhor e se conectarem através de suas histórias de vida, sonhos e desafios. O entendimento só é possível quando eu realmente conheço o outro, o que ele pensa e sente sobre as mesmas coisas que eu.
Grupos de trabalho são fontes riquíssimas de crescimento e percepções que podem ocasionar mudanças importantes na nossa sociedade como um todo.
E você? Já foi alvo de bullying no seu local de trabalho?
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