segunda-feira, 22 de julho de 2019

DEIXE O REINO DE DEUS ENTRA NA SUA CASA



TEXTO: Mateus 13. 1- 11
Neste contexto Jesus estava se aproximando do momento em que ele seria crucificado, e havia uma questão importante que estava no ar. O que vai acontecer ao reino que tem sido anunciado. 
E Jesus responde essa questão, através de uma série de parábolas. 
Ele vai alertar os discípulos que essas eram parábolas que revelavam os mistérios do reino de Deus. “Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino do Céu...” 
Mateus 13.1. Esses mistérios eram aquelas verdades espirituais que só poderiam ser conhecidas pela revelação divina e só podiam ser apropriadas pela fé. O que Jesus está revelando para nós sobre o Reino de Deus, como nós podemos fazer parte desse reino, como as batalhas dentro desse reino se travam, como as coisas funcionam, quais são estes mistérios, o que Jesus revela a respeito desse reino que precisa entrar na nossa casa.












Como o reino de Deus entra em nossa casa, que mistérios são esses?


Mateus 13.3-9 “Eis que o semeador saiu a semear, e quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e comeram. E outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra, e logo nasceu, porque não tinha terra profunda; mas saindo o sol queimou-se e por não ter raiz, secou-se. E outra caiu entre espinhos e os espinhos cresceram e a sufocaram. Mas outra caiu em boa terra, e dava fruto, um a cem, outro a sessenta e outro a trinta por um. Quem tem ouvidos ouça.”

1-O REINO DE DEUS COMEÇA COM A PALAVRA RECEBIDA NO CORAÇÃO



É o primeiro mistério que Deus revela, é como o Reino de Deus se instala, Jesus nos adverte com clareza através desta parábola que este reino se instala, no coração das pessoas através da pregação da palavra de Deus. Como o Reino de Deus entra na minha casa e na sua casa? Quando o Reino de Deus entrar aqui no meu coração. E aí eu vou levar o reino dentro de mim para dentro da minha casa. O reino não se instala numa montanha, num templo, num lugar, ele se instala aqui dentro da nossa vida. Somos nós que carregamos o reino onde estamos. Se no coração das pessoas que vivem na sua casa o reino estiver instalado a casa vai estar como agência do reino nessa terra. Jesus vai dizer: Como este reino se instala em nosso coração é ouvindo a palavra, a palavra do evangelho que está sendo anunciada, que tem o poder de produzir as bênçãos salvadoras deste reino nas nossas vidas. Que tem o poder de produzir verdadeira paz no nosso coração. Nessa parábola, é assustador ver que ¾ da semente da palavra que foi semeada, não produziu os frutos do reino das pessoas que ouviram. Essa é uma estatística dada por Jesus, ¾ da semente se perdeu. Jesus vai dizer que ¾ das sementes se perderam porque as condições do coração eram adversas. Jesus vai apresentar três condições adversas do coração, porque a palavra que foi semeada não conseguiu instalar o reino.


1ª condição adversa: 
O coração duro: 
(Mt 13.19) (ouvinte à beira do caminho, superfície dura)  aquela pessoa que não consegue se curvar, não consegue se render, o coração fica duro pelo orgulho, às vezes pela ignorância, não entendem, com a mente fechada, às vezes porque nós não queremos enxergar o que Deus quer fazer na nossa vida, por não permitir que ele possa ser o Senhor de sua vida. Por não querer se render e se humilhar ao Salvador. Então a palavra de Deus não consegue gerar o reino dentro de nós. Porque simplesmente não queremos, o coração duro, é aquele que não quer e que fecha a porta. Toda a vez que nós fechamos a porta do nosso coração à graça de Deus fica do lado de fora.

2ª condição adversa: 


O coração raso: 
(Mt 13. 21 e 22)  (terreno pedregoso) é aquele que não produz raízes por causa da inconstância das suas decisões de fé, Jesus disse que havia terrenos que  tinha pedras, era raso, não tinha solo suficiente, as raízes não se aprofundavam, Jesus quando interpretou essa parábola ele disse que as razão desse coração raso era a inconsistência da fé. Há pessoas que não querem, são duras, mas há pessoas que querem, mas não permanecem, fazem uma decisão hoje, e se esquecem amanhã. Entregam suas vidas a Jesus, mas no dia seguinte tomam suas vidas das mãos de Jesus. A Bíblia vai dizer que não produz os frutos reino porque diante das lutas e as provações da vida, que provam a fé, por ela ser tão rasa e inconstante, ela é morta dentro de nós, e não conseguimos dar passos de fé. Não consegue crer que Deus vai ainda responder a nossa oração, que o Senhor está no controle, que ele vai segurar em nossas mãos. Hoje eu seguro na mão de Deus, amanhã eu solto. O coração tem conhecimento, mas não confia, não tem fé, não é capaz de perseverar de que Deus tem um plano perfeito para as nossas vidas é que o melhor. Os frutos da fé não aparecem e o reino não se instala.

3ª condição adversa: 


O coração está cheio: 
(Mt 13.22) (terreno espinhoso) Jesus falou que aquela semente que caiu no meio dos espinhos, quando ele interpreta essa palavra, que o coração está cheio, das preocupações e das ilusões, do dia a dia, essas preocupações e ilusões não permitem que as prioridades sejam dadas a Jesus. Se Jesus não é o primeiro na minha vida e na sua vida, nós não produzimos o fruto, e o reino de Deus não se instala. O coração duro rejeita, mas o coração raso e o coração cheio aceita, mas não permite que Jesus seja o Senhor da vida, e aí o fruto do reino não aparece. Por que existem tantas casas de pessoas que se dizem cristãs, onde a paz, o poder do reino de Deus não se manifesta, é porque tem muita casa onde as pessoas onde ali vivem tem um coração raso ou um coração cheio.

4ª condição favorável:


O coração arado: 
(Mt 13.23) solo fértil, preparado, capaz de ouvir, compreender e se entregar a Jesus, como o Senhor absoluto da vida, muitas vezes o preparo do nosso coração é feito pela vida. Na agricultura, para se semear necessita preparar o solo. Muitas vezes o Senhor está preparando o solo do nosso coração em meio as circunstâncias da vida, e quando vem a semente, ela vem na hora certa, preparada por Deus, para que nós possamos, como aquela terra preparada, receber, dizer: “Senhor, a única maneira do Senhor dar fruto no meu coração é se o Senhor instalar o teu reino na minha vida.”  A semente não apenas germina, como acontece, no solo pedregoso, no solo que tem espinhos, mas ela pode descer raízes profundas que são experiências tremendas no poder do Deus vivo.













Você tem ouvido a palavra de Deus, mas a grande pergunta que Jesus estava fazendo através dessa palavra. Como você tem reagido a palavra que ele tem anunciado para você? Você tem permitido que no seu coração sejam produzidos os frutos do reino, porque não adianta apenas a semente ter sido lançada, ou mesmo que algo tenha brotado, mas o que importa é o fruto da fé. Esse fruto da fé é um compromisso total com Jesus, uma entrega incondicional à ele. Qual o diagnóstico que Jesus faz do seu coração hoje? Duro, raso, cheio ou arado? No coração arado Jesus vai implantar seu reino nessa terra.
Nessa mesma parábola Jesus vai nos ensinar um outro mistério, uma outra verdade.

2-O REINO DE DEUS TEM UM INIMIGO


Se a palavra de Deus é o meio pela qual nós recebemos o reino, é importante que a nós saibamos que o reino de Deus tem um inimigo.  E esse inimigo está trabalhando para que o nosso coração não seja um coração arado. É interessante que nós vamos ver como Satanás está trabalhando com relação à semente. Nós vamos aprender que ele está trabalhando para impedir, atrapalhar a implantação do reino no nosso coração.
E como ele faz isso:

1-Tentar arrebatar a palavra do coração, antes que ele a possa produzir os frutos da fé.
Mateus 13.3 e 4. “... vieram as aves do campo e comeram.”



Caiu no solo duro, no coração duro, e a semente logo foi arrebatada pelas aves do céu, nesta parábola. E Jesus disse que isso representava o trabalho do inimigo que arrebata as sementes. Alguns comentaristas teólogos deste texto diz que a semente do evangelho é tão boa, que se ela ficasse no solo duro ela iria começar a germinar, é por isso, que Satanás vem logo e arrebata a semente.  Porque a palavra de Deus é poderosa, tremenda, faz diferença nas nossas vidas, salvadora, imutável, eterna, viva; mesmo que tenhamos um coração duro, raso, cheio, alguma coisa de Deus está acontecendo ao nosso redor porque este é o testemunho do evangelho que fica na nossa vida. Mas, o inimigo não quer então ele arrebata do nosso coração a palavra que está sendo semeada. Quando você ouve a palavra de Deus, se você não tomar uma decisão, essa palavra vai ser arrebatada pelo diabo.  
E às vezes vem tanta coisa nas nossas vidas: problemas, dificuldades, aflições, tempestades e até coisas boas, que você esquece a palavra que foi semeada no seu coração. O inimigo não quer que a benção de Deus se instale na nossa casa, a Bíblia diz que ele veio para: “...matar, roubar e destruir, mas Jesus veio para trazer vida e em abundância.” João 10.10
Nesse sentido, ele desvia a atenção, nos enfada, ilude, tenta confirmar o caminho do pecado na nossa vida. Se você não ouve e não permite que a palavra se enraíze, não vai demorar muito, para que Satanás tire do seu coração aquilo que Deus tem semeado na sua vida.

2- Sabotar o reino de Deus no meu e no seu coração, (raso e cheio), fazer com que essa semente não produza frutos.


Uma das coisas que ele faz é entulhar a nossa vida. Exemplo do poço que Abraão construiu e deixou para Isaque, o inimigo vinha de tempos em tempos e entulhava o poço para que ele não encontrasse água, Isaque mandava os seus servos irem lá e cavarem no mesmo lugar, os servos questionavam, porque deveriam cavar no mesmo lugar, Isaque respondia: porque aqui eu tenho certeza que tem água. Quantos de nós já fomos tocados pelo ES e já vivemos momentos de profunda dedicação ao Senhor? E de repente passou o inimigo e não conseguiu arrebatar a semente, mas ele entulhou a tua vida, encheu de atividades, responsabilidades, alvos, projetos, sonhos, não são só coisas ruins, e sabe que acontece? 
Nós estamos morrendo de sede, porque não tem água viva fluindo. Isaque ensinou para os seus servos: pode cavar fundo nesse lugar onde um dia Jesus semeou a semente dele, porque tem água da vida aí para fluir na tua vida. Não precisa achar outro poço, o Senhor continua querendo derramar vida abundante sobre você. Precisamos ter coragem de cavar de novo, cavar até o fundo. A nossa vida com Deus é assim, a água vai subir de novo, a graça de Deus é assim, Deus vai fluir outra vez, se teu poço está entulhado pode desentulhar porque a água vai subir outra vez., porque tem graça abundante pra minha vida e a tua vida.

 3- Tentar para que não tenhamos raízes profundas


Satanás vai trabalhar para que tenhamos a mentalidade de que vivemos num mundo que não vale a pena ter compromisso com nada, ser livre de tudo, não tem como servir a Jesus e ser livre, se não deixar ele ser o senhor da vida, tanto mais eu me comprometo com ele, tanto mais da graça de Deus vem sobre a minha vida, comprometa-se com Jesus, não só pra hoje. A graça de Deus se manifesta em todo tempo da nossa vida.
Cuidado tem um inimigo trabalhando!!! Esse inimigo quer arrebatar a semente, quer entulhar o poço e não quer permitir o compromisso. Quando nosso coração está aberto ele vai produzir muito fruto.





terça-feira, 16 de julho de 2019

COMO SEGUIR A CRISTO



Quantos de nós não aceitam convites que por vezes não sabemos bem o seu significado? Quantas vezes não nos deparamos com coisas que seguimos sem saber muito bem o intuito disso? Com Jesus, infelizmente isso pode acontecer também. Não é de hoje que isso acontece.
Os discípulos seguiam a Cristo e tinham, ao que parece, esperança de reinar com ele (Mt 20.21). Não temos como ter certeza das intenções dos apóstolos, mas sabemos que apenas após a ascensão de Jesus e a vinda do Espírito Santo é que eles tiveram uma compreensão total do Reino que Jesus anunciou.
Então é comum ver os apóstolos sempre com Jesus por onde ele ia, ao menos nos relatos bíblicos. Desta vez estavam próximos a uma cidade chamada Cesareia de Felipe, cidade que tem esse nome para se diferenciar da Cesareia da costa do mediterrâneo. O governador da província, Felipe, trocou o nome para diferenciar do território que o seu irmão, Herodes de Antipas, governava que também era Cesareia.
Diz-se que Cesareia de Felipe era uma cidade com muitos templos dedicados a diversos deuses, inclusive um templo dedicado ainda a Baal. É curioso que exista tal território em Israel. Sabendo disso, podemos imaginar que o assunto principal na cidade era religião. Com certeza haviam chegado boatos até aquela cidade sobre Jesus, que havia multiplicado pães e peixes para uma multidão, haviam chegado boatos sobre João Batista, sobre os antigos profetas... é de se imaginar que o ambiente foi propício para a pergunta de Jesus sobre quem os homens dizem que ele é.

A questão maior dessa perícope é Como Seguir a Jesus.

1.      Entender quem é Jesus (v.29-31)
Para poder seguir Jesus, devemos primeiro saber quem ele é. Não se segue algo que não se conhece ao menos que seja um louco.


1.1  Ele é O Cristo
Temos que entender aqui que Pedro (em nome de todos os apóstolos) declara isso, segundo o Espírito o revela (Mt 16.17). Mais adiante, a mensagem principal dos apóstolos é a que Jesus é o Cristo (At 2.36). Porém, há dúvidas quanto a compreensão sobre o messianismo de Jesus por parte dos apóstolos. Uma vez que a expectativa messiânica apontava para um rei libertador que levaria Israel a glória como no tempo de Davi e tiraria toda a opressão de domínio estrangeiro (no caso, o romano). Jesus, por sua vez, nunca se mostrou um rebelde ou revolucionário, portanto, é claro que se não fosse pelo Espírito, Pedro jamais teria pensado que Jesus fosse realmente o Cristo.
Alguns podem inclusive achar essa ideia liberal, pois João relata logo no seu primeiro capítulo que alguns passaram a seguir a Jesus por justamente o considerarem o Cristo (Jo 1.41). Mas vemos que quando Jesus realmente apresenta a verdadeira tarefa do Messias, Pedro o repreende. (Ilustração – falou de morte, “bate na madeira”).
1.2  Veio cumprir as Escrituras
Jesus apresenta então, segundo as Escrituras que o papel do Messias é de sofrimento e entrega e rejeição. (Lc 24.26; At 3.18). Mas ao que tudo indica, havia um certo interesse por seguir a Jesus pelo que ele poderia oferecer, no caso de estabelecer um reino de glória terreno (segundo a expectativa messiânica). Aplicação – E quantas vezes nós também não criamos expectativas sobre as coisas ou mesmo sobre Jesus, julgando que ele é alguém que pode nos trazer benefícios, os quais são para nosso deleito diário e paz? Temos que tomar cuidado com o que projetamos das nossas expectativas, porque pode ser que nem tudo é como dizem. Nossas expectativas podem nos frustrar ou nos fazer agir mal frente a uma situação. Pode ser que nós tenhamos uma expectativa de ministério e se ela não for alcançada, temos que ter cuidado para não achar que ela era a única forma que Deus poderia te usar.


2.      Compreender o que Jesus fez (v.31)
Temos que entender o ideal de Jesus para podermos segui-lo com convicção. Não se pode seguir algo que não se compreend tue ou não se concorda.

2.1  Morreu na cruz (humilhado)
Para os leitores originais do evangelho, provavelmente romanos, a palavra cruz (que aparece mais adiante no v.34) tinha um impacto muito forte, por ser uma forma de execução impiedosa e cruel. Sabemos que um cidadão romano jamais poderia ser crucificado nem poderia acontecer dentro das cidades, de tal brutalidade que era essa forma de morte. Falar em cruz era falar sobre vergonha, falar sobre a condenação do pior tipo de gente, que eles provavelmente atribuiriam como uma morte merecida. Jesus se entregou para que os pecados pudessem ser perdoados por Deus. Jesus foi para a cruz para que de alguma forma a ira de Deus fosse cessada, e posta sobre o único que jamais pecou e que se fez maldito (2Co 5.19, 21) por aqueles que aceitam o seu sacrifício.
Além de sofrer uma morte vergonhosa, ainda foi espancado (Jo 19.1) e rejeitado por aqueles que usufruíram de seus sinais e milagres enquanto ele estava com o povo.
Se não compreendermos Jesus como aquele morreu para trazer a reconciliação com Deus, jamais poderemos segui-lo conscientemente.
2.2  Negou-se a si (foi rejeitado)
Um ser divino que abre mão da sua glória só pode ser o grau mais elevado de abnegação. Jesus mesmo disse aos discípulos que os enviava assim como o Pai o havia enviado, isto é, vão aqueles que abrirem mão da sua vida, do seu conforto, a semelhança de Jesus, que deixou seu trono de glória para cumprir a missão de Deus. Ele não se deixou levar pela rejeição por parte dos líderes religiosos, pois não teve a pretensão de assumir o posto deles. Ele se negou ao ponto de aceitar a forma de homem, com limitações e dificuldades para cumprir o seu propósito de dar a vida por muitos.
2.3  Ressuscitou
O último ato que precisamos saber de Jesus é que ele, após ser rejeitado e morto, foi ressuscitado por Deus. A sua ressureição nos traz esperança de vida eterna e a certeza de que a morte foi vencida. Sabemos que mediante a ressurreição, Jesus tem todo o poder em suas mãos.
Ilustração -  Lucas 24 – caminho de Emaús – como a postura dos discípulos mudou após saber que Jesus ressuscitou.
Aplicação – Se não tivermos a consciência desses atos de Jesus, não poderemos segui-lo com convicção. É necessário entender o que Jesus fez para poder segui-lo. Jesus continua seu discurso aproveitando para ensinar que não só ele sofrerá, mas aqueles que quiserem segui-lo também, pois ele nos chama para sermos parecidos com ele.


3.      Aceitar o chamado (convite) que Jesus faz (v.34-37)
Segue o chamado para aqueles que querem seguir o Cristo.

3.1  Humilhar-se
Não podemos desvincular a obra de Jesus do chamado que ele nos faz. Um chamado paradoxal, com certeza, porém muito assertivo em seu significado.
Falando em cruz, Jesus está convidando para assim como ele se humilhou, nós também nos humilharmos, e sem ter vergonha.
É certo que Jesus está dizendo para aqueles que querem segui-lo, que antes devem se humilhar, em comparação a sua futura morte. Nessa parte do texto, Jesus aproveita para explicar a sua missão e estender o convite a quem quer segui-lo. Se por um lado, para Pedro, Jesus não poderia sofrer, por outro, Jesus fala que ele deve sofrer junto, nós devemos sofrer junto com ele. Se para reinar com Jesus, eles estavam dispostos, como seria no sofrimento e na humilhação? Devemos, portanto, como Jesus, não exigir nossos “direitos”, colocando em prática, por exemplo o “dar a outra face”, para que possamos ser como Jesus. O convite da cruz é um convite a humilhação.
3.2  Negar-se
Ilustração - Certa vez viu-se um anuncio de emprego 24h (mãe) deve estar atento para qualquer imprevisto, qualquer hora do dia, deve cozinhar, ter disposição para fazer a mesma coisa diversas vezes, hora de sono incerta, sem remuneração financeira. – Negar a vida para construir outra.
Tal qual Jesus negou a sua natureza divina, devemos também negar nosso ego, nosso bem-estar em prol dos nossos irmãos, principalmente de fé, exercendo o serviço cristão uns para com os outros e o amor, que é mandamento de Jesus para nós.
3.3  Morrer para si (perder a vida)
Morrer para viver talvez seja a afirmação mais paradoxal de toda a Bíblia. Como é difícil abrir mão dos sonhos, dos desejos, do caminho que leva a segurança... quantas vezes não ficamos em dúvida se realmente podemos confiar em Deus entregando completamente a vida a ele? Aplicação - Mais do que os outros, eu diria, nós, alunos de Teologia, sentimos isso na pele. Talvez alguém já tenha ouvido algo parecido: “você é tão inteligente, tão capaz, deveria fazer alguma outra faculdade, não só teologia” eu digo, que atitudes como essa levam ao estado que as coisas estão hoje. Falta de exclusividade e dedicação integral, deixando as igrejas fracas por haver o medo de perder a vida
.
4.      Confiar nas palavras de Jesus (v.38-9.1)
Seguir a Jesus não é uma mera filosofia, é ter esperança nas coisas vindouras. Se nossa esperança é para apenas as coisas desta vida, somos dignos de compaixão (1Co 15.19).

4.1  Sem se envergonhar das palavras de Jesus
Confiar nas palavras de Jesus significa manter-se firme em meio a diversidade de opinião e conduta. Confiar que a palavra de Jesus é melhor que o nosso entendimento é um bom começo para começarmos a não ter vergonha. Se nós achamos que somos autônomos e fazemos o que bem nos aprouver, estamos aos poucos negando as palavras de Jesus e, consequentemente nos envergonhando de viver o evangelho, que é pela fé, mas que exige certas atitudes. Ilustração - Jesus mesmo disse que o que adianta apenas amar ao amigo, se até mesmo os incrédulos o fazem (Mt 5.46).
Aplicação - Para seguir a Jesus é preciso permanecer firme nas suas palavras, dando bom testemunho cristão para que não só não tenhamos vergonha do evangelho, mas para que também não o envergonhemos.
Os discípulos bravamente permaneceram nas palavras de Jesus, quando em Ilustração - Atos, não pedem o alivio da perseguição, mas sim coragem para permanecer pregando a palavra que eles acreditavam e não se envergonhavam (At 4.29), que é a interpretação para o último versículo da perícope (9.1).
4.2  Declarar que Jesus é o Cristo
Ao declarar que Jesus é o Cristo que deveria vir, estamos entendendo que ele é aquele que traz reconciliação e paz com Deus. Declaramos que ele sofreu sim, diferentemente da expectativa judaica e que isso foi necessário para cessar a ira de Deus pelo pecado. Se confiarmos que Jesus é o Cristo, estamos confiando em suas palavras e assim, seguindo-o.




Conclusão
Quando Jesus vê a oportunidade de instruir os discípulos na verdade das Escrituras, ele não perde tempo, usando o contexto do lugar em que estavam para ensinar uma valorosa lição que serve para nós também. Por vezes estamos acostumados a ler os versículos 34-37, no entanto eles estão vinculados a um ensino anterior de Jesus.
Ao quebrar a ideia de que o Messias seria apenas glorificado e que teria um reino majestoso, ele aproveita para dizer que aqueles que quiserem seguir o verdadeiro Messias, precisam fazer igual a ele, primeiro na humilhação, que nunca foi e nem será algo que o ser humano busca. Em segundo lugar, ele exige a autonegação, deixar de lado nosso ego e nossa autoconfiança para participar do plano maior de Deus e por fim, nos convida para perder a nossa vida, por amor ao evangelho, por amor a Deus, que nem a vida do próprio filho poupou.
O texto nos ensina a seguir a Jesus e precisamos tomar esses passos em direção ao conhecimento do nosso Senhor e Mestre, para que possamos ser semelhantes a ele e por fim, sermos aprovados por Deus no último dia (1Ts 3.13).



segunda-feira, 8 de julho de 2019

ENQUANTO EU VIVER



 TEXTO BÍBLICO: “Precisamos trabalhar enquanto é dia, para fazer as obras daquele que me enviou...” JOÃO 9.4ª





Introdução: Olhando para a extensa obra a ser realizado e o imenso desafio que nos traz, precisamos perguntar a nós mesmos:







Olhando para o texto onde se encontra a nossa divisa de Missões Estaduais para este ano:


Me faz pensar em alguns pontos essenciais para que possamos alcançar mais pessoas para Cristo. Isto só será feito, se enquanto eu viver...

“Precisamos trabalhar enquanto é dia, para fazer as obras Daquele que me enviou.” JOÃO 9.4a

Algo que estava bem definido na mente e no coração de Jesus era a sua missão, o seu propósito de vida. Ele mesmo afirmou que enquanto era dia (enquanto vivia), deveria realizar a obra daquele que o enviou.

Em outro texto, temos Jesus afirmando que a sua comida é fazer a vontade daquele que o enviou e completar a sua obra:



“Meu alimento consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e em terminar a sua obra.” JOÃO 4.34

Portanto, Ele tinha em sua mente a certeza do porque estava aqui e o que tinha para realizar.

A grande frustração na vida de muitas pessoas é por não realizarem aquilo para qual foram feitas para fazerem ou por não saberem qual realmente é a razão de sua existência. Para que nasceu? Para que existe?

A verdadeira realização se dá quando estamos certos de que realizamos ou estamos realizando aquilo para o qual fomos criados. A isto chamamos de propósito ou missão. E a bíblia é clara em dizer que fomos criados para glorificar o nosso criador:

“...pois eu os criei para minha glória...” ISAÍAS 43.7

E chamados para anunciar as grandezas daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz:



“...assim, vocês podem mostrar às pessoas como é admirável aquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” I PEDRO 2.9


MISSÃO: É um encargo, uma incumbência, um propósito, um compromisso, um dever, uma obrigação a executar.

Fomos feitos para a glória de Deus e ainda recebemos por parte de Jesus uma incumbência de ir anunciar o evangelho. Nós temos uma missão, como indivíduo e como igreja. O “Enquanto eu viver” só terá sentido se eu tomar consciência do propósito de Deus para minha vida e da missão que eu tenho para realizar.




Jesus se refere especialmente à oportunidade de realizar a obra de Deus. Ele por estar conectado 24 horas com o Pai, tinha uma visão clara de sua vontade e das oportunidades de colocá-la em prática.

O apóstolo João registra que Jesus, depois de evangelizar uma mulher samaritana, e querendo ilustrar aos seus discípulos que deveriam estar atentos as oportunidades de servirem a Deus, lhes mostra os campos de trigos, os quais ainda não estavam prontos para colher e disse:


“...despertem e olhem em volta. Os campos estão maduros para a colheita.” JOÃO 4.35

O ato de levantar os olhos não é apenas para contemplar o que se está a frente, mas especialmente para permanecer atentos para ver onde Deus está trabalhando e assim nos juntarmos a Ele. Fazendo assim, com certeza, ficaremos surpresos, pois muitas vezes será em lugares e situações improváveis que Ele nos convidará para agir, como o caso de Filipe em Atos 8, onde Deus o chama para uma estrada deserta.



Jesus deixa claro que trabalhos enquanto é dia, pois a noite vem. Ele diz isso de forma figurada, querendo afirmar que enquanto vivemos, enquanto temos folego e saúde, precisamos aproveitar as oportunidades de realizar a obra.

Como não sabemos quando a noite vem (quando morrer ou quando Jesus voltará), precisamos aproveitar a cada momento e cada oportunidade para cumprirmos a nossa missão.

Quando temos consciência de nossa missão não temos tempos para postergar aquilo que precisa ser realizado, pois não sabemos quando a noite vem (a morte ou qualquer outra condição que impeça de realizar a obra).

Jesus disse aos seus discípulos que enquanto Ele estava mundo, ele era luz do mundo. Porém, em outro momento, Ele mesmo disse que seus discípulos eram a luz do mundo. Sendo assim, como discípulos, precisamos brilhar enquanto estamos no mundo, pois Ele nos deu o exemplo para que façamos o mesmo.

Precisamos levantar os olhos e vermos os campos que estão prontos para colheita. Há urgência nisto, pois a noite vem e já não se pode mais trabalhar, pois só podemos fazer isso enquanto vivermos.



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Salomão afirmou em Provérbios 14.2: “Quem anda na retidão teme o Senhor, mas o que anda em caminhos tortuosos, esse o despreza.”...