segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Prevenção e identificação do abuso sexual infantil

Resultado de imagem para Sete passos para prevenir o abuso sexual infantil

Saiba como identificar e prevenir o abuso sexual infantil


Quando o diálogo entre pais e filhos é aberto e acolhedor, o ambiente torna-se propício para que a criança possa revelar o crime

A criança vítima de abuso sexual sempre vai manifestar que algo está errado com ela por meio do seu comportamento, do sono, da alimentação e do desempenho na escola. Isso ocorre em diferentes situações. Por isso, é preciso analisar o contexto. As criançasque são vítimas deste crime também podem repetir a violência que sofreram por meio de brincadeiras sexualizadas ou com outros colegas.

Confira mais em página especial produzida pelo "AN"

Quando o diálogo entre pais e filhos é aberto e acolhedor, o ambiente torna-se propício para que a criança sinta-se à vontade para revelar o abuso. Para isso, ela precisa ter consciência de que está tendo o seu direito violado.
— Se os pais não conseguem conversar e sentem receio, as crianças terão mais dificuldade de questionar e aceitar orientações — avalia a psicóloga Cristina Weber.
A maioria das crianças não tem consciência de que uma atividade sexual entre adulto e criança é errada. Quem vai ensinar isso são os pais. De acordo com a psicóloga Cristina, a educação sexual precisa deixar de ser tabu na família e na sociedade e fazer parte da vida da criança. Isso não quer dizer que os pais devem falar especificamente sobre o ato sexual ou estimulá-lo. Porém, devem orientar os filhos durante o banho ou limpeza genital, por exemplo, que ninguém pode tocá-la fora desse contexto.
— Quando a criança é pequena e tocam as genitais dela, é claro que ela vai sentir um certo prazer. Não necessariamente com fins sexuais, isso é biológico. Muitos pais se chocam quando veem a criança se masturbando e acabam a assustando também. Em vez disso, deveriam trabalhar a situação de forma natural e explicar que, apesar de ela sentir um certo prazer, não é qualquer pessoa que pode tocá-la. Na medida em que os pais tratam como uma coisa suja, a criança vai sentir-se suja também e o abusador vai jogar com isso.
A psicóloga salienta que se a criança tiver informação a ponto de entender que ela não é culpada pelas sensações que tem, mas que aquela situação entre ela e o agressor é errada, terá mais segurança em revelar a violência. A psicóloga destaca ainda que a criança deve ser tratada como vítima e nunca como responsável ou culpada pelo abuso.



Crime silencioso

A psicóloga Cristina Weber explica o que caracteriza o crime de abuso sexual:




Saiba como prevenir esse tipo de crime:





A psicóloga Letícia Tidra explica quais são os sinais apresentados pelas crianças que são vítimas de abuso:





A interação com a família e demais pessoas de nossa comunidade tem aspectos muito satisfatórios; porém, nem sempre é dessa forma. Lamentavelmente, existem pessoas cuja conduta, por diversas razões não é construtiva; entre essas, temos aquelas que por abuso de confiança, superioridade física, intelectual e econômica procedem contra a integridade sexual de crianças e adolescentes, apesar de saber que ditas condutas constituem delitos contemplados em nosso ordenamento jurídico-penal.

Essas condutas negativas não devem ser toleradas, mas denunciadas e processadas penalmente. A vítima deve receber atenção física e psicológica. Como na maioria dos fatos que podem causar danos, é melhor agir de maneira preventiva.

Por isso, nos permitimos transcrever algumas recomendações para prevenir o abuso sexual a crianças e adolescentes: Experts recomendam explicar-lhes sobre a existência das agressões sexuais; nunca deixá-los sozinhos e fora do alcance de um adulto confiável e manter sempre presente que "qualquer um" pode converter-se em vitimário. Não é por acaso que mais de 70% dos abusos são intrafamiliares.



Sete passos para prevenir o abuso sexual infantil

1. Fale para eles/elas sobre as agressões sexuais Seus filhos/as devem saber sobre a existência de abusos sexuais e de como estes acontecem. Se você estabeleceu com seus filhos/as regras de segurança em outras áreas de sua vida, as precauções relativas ao abuso sexual se converterão em uma parte natural de suas conversas sobre segurança em geral. Se acreditam não ter ferramentas para falar sobre esse tema com seus filhos/as, peça ajuda a seus professores ou a/ao pediatra. Eles sabem como fazê-lo sem que as crianças e adolescentes sintam-se assustadas ou agredidas. Aqui vão algumas sugestões de abordagens apropriadas de acordo à idade: *18 meses: ensine a seu filho/a os nomes apropriados das partes do corpo; *3 a 5 anos: ensine a sua criança as "partes privadas" do corpo e a dizer "NÃO" a qualquer oferta sexual. Dê a eles/as respostas diretas a suas perguntas sobre sexo. *5 a 8 anos: explique-lhe as normas de segurança quando estiverem longe de casa e a diferença entre um carinho bom e um carinho não apropriado. Alente seu filho/a a falar sobre experiências que o/a amedrontaram; *8 a 12 anos: ensine segurança pessoal; explique as regras de conduta sexual aceitas pela família; *13 a 18 anos: destaque a segurança pessoal; explique a violação, as enfermidades sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada.

2. Atenta supervisão O abuso infantil acontece quando um adulto está sozinho com a criança. Sua atenta supervisão é sua melhor proteção contra o abuso sexual. Nunca as deixe sozinhas e fora de seu alcance. Não permita que vão comprar algo sozinhos, que vão a banheiros públicos sem companhia (por exemplo em shoppings e restaurantes), que brinquem na rua enquanto você faz os trabalhos domésticos e não pode vigiá-los; nem se distanciem da casa; cuidar para que qualquer pessoa não entre na sua casa. Basta uma fração de segundos para que uma criança desapareça.

3. Conheça bem a pessoa que os cuida Peça que outro adulto responsável e confiável os cuide quando você mesmo/a não possa fazê- lo. Tente conhecer bem a pessoa com quem fica seu filho/a. Se tem poucas opções e deve deixá-lo sozinho/a com alguém que não é de sua máxima confiança, procure que sejam observados por outras pessoas, tais como vizinhos, ou familiares, durante o dia.

4. Autocuidado Ensine seus filhos/as a zelar por sua própria segurança, a não aceitar dinheiro ou favores de estranhos e a nunca passear com alguém a quem não conhecem. Diga-lhes o que podem fazer se alguém se aproxima. Se uma pessoa fica olhando para eles/as ou os toca de uma forma que não gostam, devem contar para você o quanto antes. Diga-lhes que podem confiar em você, pois sempre vai acreditar neles e protegê-los. Explique-lhes também que no caso de você não estar presente, que busquem a ajuda de uma pessoa mais velha imediatamente quando um adulto os faça sentir incômodos ou os assustar. Nessas situações, também é oportuno chamar a atenção, gritar e criar um escândalo.

5. Qualquer um pode agredi-los Recorde-lhes que muitas crianças são vítimas de pessoas que eles conhecem e que é totalmente correto dizer não mesmo aos parentes próximos e aos amigos. Anime-os a contar a vocês ou para outro adulto imediatamente se qualquer pessoa os toca ou chega até eles/as de forma estranha. Fale-lhes da existência de abusos sexuais por pessoas familiares e conhecidas e não somente os que são cometidos por pessoas desconhecidas. Também podem abusar deles/as familiares, amigos ou vizinhos. 85% dos abusos são protagonizados por pessoas conhecidas.

6. Ninguém pode tocá-los intimamente Ensinamos aos nossos filhos que sempre devem obedecer às pessoas adultas, fazendo-os acreditar que estas sempre sabem o que é melhor, o que está bem. Às vezes, os obrigamos a beijar as pessoas que não desejam fazê-lo. Esta educação contribui para que possam acontecer os abusos. Por isso, ensine que eles/as têm o direito à privacidade de seu corpo e que ninguém deve tocá-lo ou olhá-lo de uma forma desagradável. Pode negar-se a isso, seja quem for esse adulto. Explique-lhes também as formas em que os agressores tratam de intimidar a suas vítimas para que guardem o abuso em segredo. Ensine-lhes que nunca devem calar apesar das ameaças recebidas.

7. Internet É uma grande porta de entrada para os abusadores, devemos supervisionar o uso que possam fazer nossos filhos da rede. Explique-lhes que não devem dar seus dados pessoais ou de suas famílias (nomes, endereço, telefones) por internet nem entregar suas senhas a qualquer pessoa. Que nunca se junte ou programa encontros com pessoas que conheceu pela rede sem que você saiba, já que existem muitos adultos que se fazem passar por crianças ou cujo fim é abusar de pequenos como ele/ela. Que não use câmara web para chatear (não seja instalada) e que não aceite nas redes sociais como Facebook e outras como amigos a pessoas que não conhece e que estabeleça privacidade de seu perfil somente a seus amigos.


Resultado de imagem para Prevenção e identificação do abuso sexual infantil - Dicas da Academia Americana de Pediatria

Prevenção e identificação do abuso sexual infantil - Dicas da Academia Americana de Pediatria


A Academia Americana de Pediatria (AAP) oferece essas dicas para os pais.
O abuso sexual é um assunto difícil para a maioria das pessoas discutir, e especialmente difícil para os pais discutirem com seus filhos. Por mais assustador que seja o tema, o abuso sexual é um problema grave e, infelizmente, comum que afeta tanto os meninos quanto as meninas. Na maioria dos casos, a pessoa que abusa sexualmente de uma criança é uma criança adulta ou maior conhecida pela vítima, muitas vezes uma figura de autoridade que a criança conhece, confia ou ama. O agressor geralmente usa coerção e manipulação, e não força física, para envolver a criança.
O que os pais devem saber sobre o abuso sexual infantil:
  • A maioria dos infratores é conhecida da criança; eles podem ser familiares, parentes, amigos, professores, treinadores, babás e outros em cargos de autoridade.
  • Crianças mais suscetíveis ao abuso sexual têm personalidades obedientes, complacentes e respeitosas. Eles podem ser filhos de lares infelizes ou quebrados, pois esses jovens podem estar ansiosos por atenção e carinho.
  • Crianças que são vítimas de abuso sexual podem apresentar muitos ou poucos sintomas comportamentais. Eles podem se retirar da família ou amigos, exibir desempenho escolar fraco, experimentar depressão, ansiedade ou exibir comportamentos agressivos e autodestrutivos. Ou eles não podem exibir nenhum comportamento anormal para fora.
  • O abuso sexual infantil geralmente envolve mais de um único incidente e pode durar meses ou anos.
  • O abuso sexual inclui qualquer tipo de ato ou comportamento sexual com uma criança e inclui atividades que envolvem contato genital, bem como eventos sem contato - como mostrar imagens pornográficas para crianças, tirar fotografias pornográficas de uma criança, etc.
Dicas que podem minimizar o risco de molestação de seu filho:
  • Na primeira infância, os pais podem ensinar aos filhos o nome dos órgãos genitais, assim como eles ensinam os nomes dos seus filhos de outras partes do corpo. Isso ensina que os órgãos genitais, enquanto privados, não são tão confidenciais que você não pode falar sobre eles.
  • Os pais podem ensinar a crianças pequenas sobre a privacidade das partes do corpo, e que ninguém tem o direito de tocar seus corpos se eles não querem que isso aconteça. As crianças também devem aprender a respeitar o direito à privacidade de outras pessoas.
  • Ensine as crianças cedo e muitas vezes que não há segredos entre as crianças e seus pais, e que eles se sintam confortáveis ​​conversando com seus pais sobre qualquer coisa - bom ou ruim, divertido ou triste, fácil ou difícil.
  • Esteja atento aos adultos que oferecem crianças presentes ou brinquedos especiais, ou adultos que desejam levar seu filho em uma "saída especial" ou para eventos especiais.
  • Inscreva seu filho na creche e outros programas que tenham uma política de "porta aberta". Monitorar e participar de atividades sempre que possível.
  • À medida que as crianças envelhecem, crie um ambiente em casa em que os tópicos sexuais possam ser discutidos confortavelmente. Use notícias e relatórios publicitados de abuso sexual infantil para iniciar discussões de segurança e reiterar que as crianças devem sempre contar aos pais sobre quem está se aproveitando sexualmente.
  • Se o seu filho divulgar qualquer história de abuso sexual, ouça atentamente e leve a sua revelação a sério. Muitas vezes, as crianças não são acreditadas, especialmente se implicam um membro da família como perpetrador. Entre em contato com seu pediatra, com a agência local do serviço de proteção infantil, ou com a polícia. Se você não intervir, o abuso pode continuar, e a criança pode acreditar que a casa não é segura e que você não está disponível para ajudar.
  • Apoie seu filho e deixe-o saber que ele ou ela não é responsável pelo abuso.
  • Traga seu filho para um médico para um exame médico, para garantir que a saúde física da criança não tenha sido afetada pelo abuso.
  • A maioria das crianças e suas famílias também precisam de aconselhamento profissional para ajudá-los através dessa provação e seu pediatra pode encaminhá-lo para recursos da comunidade para ajuda psicológica.
  • Se você tem dúvidas de que seu filho pode ser vítima de abuso sexual, você deve conversar com seu pediatra. Seu médico pode discutir suas preocupações, examinar seu filho e fazer referências e relatórios necessários.

Nenhum comentário:

Postagem em destaque

AVALIE SEU TEMOR AO SENHOR

Salomão afirmou em Provérbios 14.2: “Quem anda na retidão teme o Senhor, mas o que anda em caminhos tortuosos, esse o despreza.”...