Todos as pessoas passam, em algum momento da vida, por situações de estresse. Com as crianças não é diferente. A mudança de cidade, o nascimento de um irmão e a ocorrência de doenças são exemplos de estresse, que quando não são proporcionais à maturidade e à habilidade da criança lidar com tais situações, podem ocasionar danos ao seu desenvolvimento.
Estresse positivo
O estresse positivo tem baixa intensidade e é limitado a curtos períodos de tempo. Vacinas, incapacidade de falar sobre seus desejos e de lidar com frustações são situações corriqueiras que podem ser contornadas com diálogo, limite, respeito e afeto dos pais.
Estresse tolerável
A doença de um familiar próximo é exemplo de estresse tolerável. No entanto, o apoio familiar diminui o risco para a toxicidade. Apoiar, ouvir, acolher e orientar a criança é o melhor caminho.
Estresse tóxico
Situações de estresse grave de modo contínuo, com forte intensidade, que excedem a capacidade de a criança lidar com os problemas e desafios é classificado como estresse tóxico. São exemplos o abuso, a negligência e a violência.
Os fatores de risco para o estresse tóxico são:
• Prematuridade
• Baixo peso
• Doenças
• Pobreza
• Desnutrição
• Fome
• Agressão física
• Dificuldade de acesso à saúde e à educação
• Excesso de atividades e responsabilidades
• Famílias desestruturadas
• Problemas conjugais
• Abuso sexual
• “Bullying”
Consequências do estresse tóxico:
Expor a criança a situações graves de estresse aumenta o risco para o desenvolvimento de comportamentos não adaptativos, déficits emocionais, transtornos e doenças crônicas tais como:
• Diabetes
• Hipertensão arterial
• Doenças pulmonares
• Doenças autoimunes
• Depressão
• Transtorno de Ansiedade Generalizada
• Transtorno Obsessivo Compulsivo
• Maior risco à dependência química
• Transtorno do Espectro Autista
• Transtorno de Hiperatividade e Déficit de Atenção
Como evitar o estresse tóxico na infância:
A família é o principal influenciador do desenvolvimento da criança. Estudos indicam que para a prevenção de problemas comportamentais, os pais devem:
• Ter um relacionamento saudável com os filhos;
• Ficar atentos ao comportamento da criança;
• Ser menos punitivos e rigorosos no processo educacional;
• Ter mais tempo livre para ficar com eles;
• Melhorar a comunicação e o relacionamento com os filhos;
• Desenvolver estratégias para auxiliá-los a passarem por problemas e conflitos;
• Reduzir o número de atividades extracurriculares, quando elas forem excessivas;
• Dar limites adequados.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário