A hipertensão arterial é uma doença silenciosa e, por isso, muitas pessoas têm o problema e não sabem. Em alguns casos, os sintomas só surgem depois de alguns anos. O perigo está justamente quando se desconhece que a doença está presente, pois quando a pressão arterial não é controlada, podem surgir problemas graves no coração, rins, cérebro e em outros órgãos do corpo. Apesar de não ter cura, mudanças no estilo de vida ajudam a controlar o problema e a minimizar suas consequências.
O que é hipertensão arterial?
Pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue dentro dos vasos sanguíneos que saem do coração – as artérias. De modo semelhante que a água que corre nos canos de nossas casas exerce pressão dentro deles, o sangue também o faz dentro das artérias. Se comprimirmos a saída de uma mangueira de água ao lavar o piso, por exemplo, a pressão da água se eleva. De modo similar, se houver um estreitamento nas artérias em função da presença de placas de aterosclerose, a pressão sanguínea também se elevará ocasionando a hipertensão arterial. Embora existam outras causas para a hipertensão este é um modo simples de explicar o mecanismo das causas mais frequentes.
A pressão arterial é considerada alta quando é igual ou superior a 140 por 90 mmHg (popularmente fala-se 14x9). Mas pressões em níveis inferiores já representam sinal de alerta (tabela a seguir).
O diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica será confirmado com a medida em pelos menos duas ocasiões da pressão arterial sistólica > 140 mmH e pressão diastólica > 90 mmHg
Sintomas
A maioria das pessoas não apresenta sintomas que possam identificar claramente que ela é portadora da doença. Algumas podem ter dor de cabeça, sangramento nasal, falta de ar, mas esses sinais podem ser ignorados ou confundidos com outras doenças. Quando o problema não é tratado, os sinais tendem a se intensificar e podem resultar em fortes dores de cabeça, vômito, dispneia, agitação e visão borrada.
Consequências
O endurecimento ou estreitamento das artérias prejudica a circulação sanguínea. Com o passar dos anos, as artérias podem se romper ou entupir e as consequências podem ser sérias como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), aneurisma, insuficiência renal, alterações na visão, entre outras complicações.
Fatores de risco
A pesquisa Vigitel 2016, realizada pelo Ministério da Saúde, identificou um aumento de 14,2% nos casos de hipertensão. Os dados mostram que a doença aumenta conforme a idade e está presente em mais de 60% dos idosos acima de 65 anos. Os fatores de risco são:
• Histórico familiar de pressão alta;
• Ter acima de 60 anos;
• Obesidade;
• Sedentarismo;
• Má alimentação;
• Sal em excesso;
• Consumo exagerado de álcool;
• Tabagismo;
• Diabetes, doenças renais e apnéia do sono;
• Excesso de trabalho, preocupações e ansiedade.
Orientações preventivas
• Medir a pressão pelo menos uma vez por ano;
• Praticar atividades físicas todos os dias;
• Manter o peso ideal, evitar a obesidade;
• Adotar uma alimentação saudável com pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes;
• Reduzir ou banir o consumo de álcool;
• Não fumar;
• Seguir o tratamento recomendado pelo médico;
• Desfrutar de tempo livre com a família e os amigos.
Fonte: Mayo Clinic, Sociedade Brasileira de Hipertensão e Ministério da Saúde
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