Material divulgado pela Sociedade Brasileira de Pediatria traz diversos alertas sobre a ingestão de álcool na infância e adolescência
A última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015, traz dados alarmantes a respeito do consumo de bebidas alcoólicas entre crianças e adolescentes. Dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental que responderam ao questionário, 55% deles assinalaram já ter tomado uma dose de bebida alcoólica, como uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de cachaça ou uísque. Em relação à embriaguez, 21,4% dos estudantes informaram já ter passado por algum episódio de embriaguez.
Embora a legislação brasileira proíba a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, a Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) alerta que o álcool é a droga legal mais utilizada por adolescentes no Brasil. O manual de orientação “Bebidas alcoólicas são prejudiciais à saúde da criança e do adolescente”, elaborado pelo Departamento Científico de Adolescência da SBP, indica uma série de consequências que o uso de álcool na infância e adolescência pode gerar. Os apontamentos servem de alerta para pais, educadores, crianças e adolescentes.
Crianças e adolescentes:
consequências da ingestão de bebidas alcoólicas
• Maior tendência à impulsividade e atraso no desenvolvimento da capacidade de autocontrole, tornando-os mais suscetíveis a praticar comportamentos de risco.
• Afeta negativamente o desenvolvimento emocional, social e cognitivo. A memória é função fundamental no processo de aprendizagem, e ela sofre alteração com o consumo de álcool.
• Indivíduos que começam a ingerir bebidas alcoólicas antes dos 15 anos de idade apresentam quatro vezes mais predisposição a desenvolver dependência alcoólica em comparação aos que iniciam aos 20 anos ou mais.
• Mesmo sem um diagnóstico de dependência alcoólica, o consumo pode ser prejudicial à medida que a criança ou adolescente está habituado a passar por uma série de situações apenas sob efeito de álcool.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria / Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
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