O bullying pode ocorrer em todos os níveis de ensino e suas consequências são variadas.
“Bully” é o nome dado para quem pratica bullying. É um termo em inglês que pode ser traduzido como “valentão” ou “valentona”. O bullying pode causar grandes danos emocionais ou físicos para quem sofre com isso, por isso é importante saber reconhecer se o seu filho ou filha está tratando os colegas de classe e vizinhos de forma apropriada antes que ele cause algum problema mais grave.
Sabemos que nenhuma mãe ou pai quer que seu filho insulte ou trate mal seus coleguinhas, mas caso isso ocorra há tempo de reverter a situação. E para isso será preciso que você repare mais atentamente no comportamento do seu filho, e quando falamos atentamente é atentamente mesmo, pois algumas características podem não ser percebidas pelos pais tão facilmente, já que muitas vezes julgam que aquele comportamento é um traço natural da criança. Meio complicado, né? Mas podem ficar tranquilos, a equipe do Blog da Tricae está aqui para te ajudar! Preparamos algumas dicas para diferenciar as brincadeiras de criança do bullying.
1. Ganhar a todo custo
Ser competitivo é natural. O problema aparece quando ganhar é a única coisa que existe. Pode começar com um choro na primeira vez que perde e acabar evoluindo para agressões físicas e verbais.
2. Os outros que são culpados
Nunca assumir a culpa sobre algo que fez. A culpa é sempre dos outros, pois ele acredita ser superior ao resto das pessoas e não assume suas responsabilidades, por isso quando tira uma nota ruim na escola, a culpa é do professor.
3. Agressividade
A agressividade é um grande sinal do bullying. Se o seu filho é agressivo dentro de casa, é bem provável que ele também faça isso na escola. Enquanto os professores podem chamar sua atenção, seus colegas de classe acabam sendo vítimas de suas agressões. Elas acontecem como beliscões, tapas, palavrões, ameaças… As agressões dão a sensação de poder sobre os outros.
4. Problemas na escola
Se você recebe ligações da escola falando que o seu filho ou sua filha se comportou de forma inadequada mais de uma vez, é hora de pensar no jeito que ele trata seus colegas e professores no dia a dia.
5. Acha que manda em tudo e todos
Um “bully” tem o péssimo hábito de achar que é o “rei do pedaço” e por isso pode mandar em todo mundo. As coisas têm que ser jeito que ele quer, na hora que ele quer. E quando isso não acontece, faz um grande escândalo. Quando os seus desejos são sempre atendidos, a criança fica com uma autoconfiança exagerada e acredita que não precisa respeitar nem os adultos.
6. “Tô brincando”
Quando essa frase e suas variações são usadas sempre no final de uma fala maldosa. A criança sabe que o que ela falou não foi legal e usa um “tô brincando” para evitar bronca ou punição. Se isso não acontece uma vez ou outra, mas sim com frequência, é um mau sinal. Nesse caso, ela precisa entender que essa atitude não elimina a brincadeira de mau gosto.
7. Os amigos
“Diga-me com quem andas e te direi quem és!” Muitas vezes os pais têm dificuldade para reconhecer se o filho é um “bully”, mesmo observando os sinais acima, por isso a melhor maneira de se certificar é observando seus amigos.
Chamar outras crianças por apelidos maldosos, formar clubes exclusivos (como “Clube das meninas bonitas”) ou ser seletivo com quem convidar para uma festa são formas encontradas para excluir e humilhar colegas de classe, vizinhos ou conhecidos. Se os amiguinhos dele fazem, como ter certeza que o seu filho não faz também? Mas lembre-se de que nem sempre a culpa é dos amigos. Seu filho pode tornar-se um “bully” por conta própria e influenciar os amigos a fazer o mesmo. E os pais não podem fugir dessa realidade, afinal vai depender muito de vocês para reverter essa situação.
Portanto, quando perceber alguns desses sinais, converse com seu filho ou sua filha e entenda o que está acontecendo. Às vezes seu comportamento reflete um problema que está acontecendo dentro de casa, em outras pode ser que a criança sinta que não é amada pela família. Procure ter uma conversa amigável, explicando que as ações dela não estão fazendo bem para os outros. Se mesmo depois disso nada mudar, converse com um psicólogo, que vai orientar a melhor forma de agir nessa situação.
Gostou? Compartilhe com seus amigos!