Algumas vezes a própria pessoa identifica o sentimento de estar sendo rejeitada, mas em outras ela pode se manifestar de forma difusa e seria identificado através da análise realizada pelo psicólogo.
Por exemplo, uma pessoa relata que não iria a um determinado evento mesmo já tendo manifestado interesse pelo tema, declara que não se sentiria bem naquele lugar pois percebe que não se encaixa com as pessoas que lá estarão.
É possível que o motivo desta pessoa evitar o tal evento seria o receio de ser rejeitada por aquelas pessoas.
É possível que haja um histórico de experiências ou percepções de rejeição em outros momentos significativos de vida que possam estar sendo associados, internamente e talvez não conscientemente, a este evento.
A rejeição percebida costuma ser mais sutil do que outros sentimentos como a raiva por exemplo. Muitas vezes a rejeição é traduzida como descaso ou desmerecimento.
Algumas situações podem fornecer indícios, que podem ser melhor investigados pelo psicólogo, demonstrando que pessoa sofre pelo sentimento de rejeição, como por exemplo a percepção de afastamento de algumas pessoas, não ser correspondido quando se dirige a palavra a uma determinada pessoa quando conversam em grupo, não obter resposta quando solicita atendimento, comportamentos que possam demonstrar desprezo, descaso, isolamento, desconfiança, etc.
A rejeição é um sentimento difícil de ser consentido pela maioria das pessoas, saiba como lidar com essa dificuldade em diferentes âmbitos.
A rejeição é um problema muito delicado e que precisa ser cuidado. Afinal, quando uma pessoa é rejeitada de alguma forma, ela acabada sofrendo, não somente pela rejeição, mas isso pode causar danos psicológicos e abalar a vida emocional da pessoa.
Em casos mais sérios, a pessoa rejeitada tem a vida amorosa, profissional e familiar drasticamente afetada. Por esse motivo todos devemos saber como lidar com esse problema:
A REJEIÇÃO PODE SER IMAGINÁRIA
Muitas vezes a rejeição percebida pode não ser real, mas a pessoa fragilizada por seus sentimentos internos pode “ver” rejeição onde talvez não esteja ocorrendo. Algumas vezes a pessoa sofreu rejeição em outros momentos de sua vida, foi dolorido e deixou marcas de forma a faze-la ver rejeição onde pode não estar ocorrendo.
É possível que certas ações possam ser interpretadas como comportamentos de rejeição por parte das outras pessoas por haver um viés interno que distorce a percepção, como por exemplo não ser convidada para festa de um amigo onde apenas os familiares deste amigo estarão presentes. Neste caso ele não foi rejeitado porque sua participação não estaria no perfil desta festa.
E QUANDO A REJEIÇÃO FOR REAL?
Algumas vezes a rejeição pode estar realmente ocorrendo. Creio que faça parte do equilíbrio interno aceitar que não seremos unanimidades, é possível que alguém não deseje nossa companhia. Talvez nosso estilo não esteja dentro das características que esta pessoa deseja compartilhar, não seria o caso de aceitar os desejos desta pessoa? Talvez esta pessoa tenha vivencias que a traumatizaram em algum aspecto justamente o qual nós o fazemos lembrar, não seria o caso de respeitar esta pessoa? Talvez nós estejamos sendo inconvenientes e não tenhamos percebido, não seria o momento de fazer uma reflexão serena e identificar o que de fato ocorre, e se for o caso poder corrigir?
Rejeição amorosa
O amor é algo lindo e maravilhoso, quando recíproco. Em alguns casos existe a rejeição por parte de um dos envolvidos, seja por falta de amor ou ainda por uma terceira pessoa envolvida.Seja qual for o motivo da rejeição, quando você ama alguém e esse alguém não sente o mesmo por você, acaba virando uma mágoa. Muitas pessoas que sofreram por amor evitam se envolver em outros casos amorosos, porém esse é um grande erro!
Para lidar com a rejeição amorosa é preciso em primeiro lugar se amar. Além disso ter bons amigos também ajuda a melhorar a angústia que normalmente é sentida.
Tem gente que quando sofre rejeição fala no assunto insistentemente para quem quiser ouvir. É natural querer desabafar, porém escolha a pessoa que você fará isso é evite gritar sobre o assunto para o resto do mundo.
Esse fato também inclui as indiretas em redes sociais. Além é claro de evitar as espiadinhas no perfil da pessoa.
Rejeição familiar
Esse é um problema mais sério, pois a família é a base estrutural de um ser humano. Quando existe a rejeição dentro de casa, há grandes chances de causar danos sérios e até permanentes.
Por esse motivo é importante um acompanhamento desses casos, principalmente quando se trata de crianças mais novas, que sentem a rejeição dos pais ou outro familiar de uma forma muito mais intensa.
É importante que pessoas que se sintam rejeitadas dentro de casa procurem alternativas e atividades que as façam se sentir melhor, como esportes, música, artes e até mesmo a igreja podem ajudar.
Rejeição dos amigos
Esse tipo de rejeição é mais conhecida como bullying. Essa atitude negativa, que acaba afetando a vida emocional das pessoas pode levar a sérios danos irreversíveis, como até mesmo morte.Quando essa rejeição é perceptível e a vítima não toma uma atitude, é preciso que os mais próximos incentivem a essa pessoa a fazer um tratamento psicológico.
Uma forma de lidar com a rejeição dos amigos também envolve a busca por outras atividades e até mesmo frequentar novos círculos de amizades ou ainda lugares novos.
A rejeição, seja ela como for, precisa ser tratada com calma e paciência, e se for preciso, um psicólogo pode ajudar a passar por esse problema.
REJEIÇÃO PROVOCADA INCONSCIENTEMENTE
Algumas pessoas pode provocar rejeição sem ao menos perceber que está fazendo isso. Talvez o medo de ser rejeitada ative sua autodefesa e provoque comportamentos que possam ser percebidos como desagradáveis para a outra pessoa. Talvez esta pessoa não deseje ser rejeitada mas não recebeu treinamento adequado a fim de desenvolver habilidades sociais adequadas. Outras vezes pode ser que esteja ocorrendo uma profecia auto realizadora onde a pessoa tem tanta certeza de que será rejeitada que promove para que isto ocorra de forma a confirmar sua expectativa.
QUANDO A PRÓPRIA PESSOA REJEITA
Algumas vezes o psicólogo recebe pessoas em seu consultório que sentem rejeição em relação a outra pessoa a qual percebe que precisa melhorar o relacionamento. Algumas vezes pode ser a sogra, um irmão, o pai, até mesmo um filho, colega de trabalho, etc. O psicólogo pode ajudar tentando identificar qual seria o significado desta pessoa em sua vida, quais aspectos desta pessoas mais tocam sua sensibilidade e assim poder analisar e buscar mecanismos de superação.
ORIGEM
Muitas vezes o sentimento de rejeição pode ter sua origem em vivencias da infância onde pessoas significativas como pais, professores, parentes e pessoas de convívio próximo possam ter agido de forma a instalar a rejeição. Por exemplo, uma criança que ficou muito tempo sozinha, mesmo não havendo sentimento de rejeição por parte de seus pais mas que precisaram deixa-la só para poderem trabalhar, pode interpretar como rejeição e levar por algum tempo as sequelas. Em outro exemplo a pessoa teve pais que não a elogiavam quando realizava uma tarefa bem feita, talvez por inabilidades destes pais e não por falta de amor, pode promover sentimentos de rejeição.
Claro que estes exemplos falam de possibilidades, de forma alguma haveria correspondência direta destes comportamentos dos pais quanto à instalação de sentimento de rejeição em seus filhos
CONSEQUÊNCIAS
A pessoa que passa por algum tempo sofrendo com sentimento de rejeição pode em algum momento associar outros sentimentos como por exemplo, abandono, fracasso, privação emocional, indesejabilidade social, busca de aprovação, pessimismo, etc. Pode se isolar e perder oportunidades de relacionamento e convívio social. Muitas vezes comportamentos desajeitados e/ou desproporcionais na tentativa de contornar a rejeição percebida podem piorar a situação. Mas acredito que a investigação tanto da origem como de meios de superar de forma harmoniosa pode ajudar.
Referencias
- Jeffrey E. Young, Janet s> Klosko, Marjorie E. Weishaar. Terapia do Esquema. Artmed (2008)
- Coe, C. L., Mendoza, S.P, Smotherman, W.P, &Levine, S. (1978). MOther-infant attachment in the squirrel monkey.
- http://www.zun.com.br/
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