domingo, 16 de outubro de 2016

Brasil é o pior país da América do Sul para ser menina, diz estudo

GIRLS SAD
O Brasil é um dos piores países do mundo para meninas, se igualando a países como Guatemala, Nova Guinea, Sudão e Burundi. Foi o que revelou o estudo Every Last Girl da ONG internacional Save The Children.
O Brasil aparece na 102ª posição dos 144 países pesquisados, ficando atrás de todos seus vizinhos da América do Sul e de países em desenvolvimento, como Índia, Costa Rica, Timor Leste, Colômbia e Gana.
Para compilar o ranking, o relatório leva em consideração problemas que comprometem o desenvolvimento e independência das meninas, como casamento na infância e adolescência, gravidez precoce, mortalidade materna, representatividade feminina no parlamento e acesso à educação básica.
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Segundo o relatório, o Brasil apresenta números elevados em todos os problemas, com ênfase na baixa representatividade feminina na política, casamento infantil e baixo índice de conclusão do ensino médio. Tais indicadores são barreiras para o desenvolvimento socioeconômico, o bem-estar e a independência econômica das mulheres. O relatório diz:
"A República Dominicana e o Brasil são casos em questão - ambos têm renda média superior, e estão acima do Haiti. Ambos têm altos números de gravidez na adolescência e casamento infantil."
O problema comum entre todos os países é o baixo número de mulheres no parlamento, que atinge até mesmo países desenvolvidos que lideram o ranking, como a Suécia (1º), Finlândia (2º), Noruega (3º), Holanda (4º), Bélgica (5º) e Dinamarca (6º).
O que fazer por nossas meninas
O estudo aponta medidas eficazes para diminuir a desigualdade de gênero e garantir mais oportunidades às meninas de cada país.
Além de diminuir os problemas centrais, como a taxa de mortalidade na gravidez, o casamento e gravidez na infância e adolescência, o estudo indica ações como ampliar o acesso à educação e saúde, dar mais voz e espaço para mulheres na política e na participação de ações civis, diminuir a disparidade salarial entre homens e mulheres e acabar com políticas, leis e normas sexistas.
Ranking Save the Children
A instituição Save the Children publicou seu 16º relatório State of the World's Mothers.
O relatório traz um ranking dos melhores (e piores) países para se criar um filho, e foi financiado pela Bill & Melinda Gates Foundation e a Johnson & Johnson.
GRVIDA
A instituição Save the Children publicou seu 16º relatório State of the World's Mothersnesta terça (5).
O relatório traz um ranking dos melhores (e piores) países para se criar um filho, e foi financiado pela Bill & Melinda Gates Foundation e a Johnson & Johnson.
O Brasil está em 77º, atrás de países latino-americanos como Argentina (36º), Cuba (40º), Chile (48º), Uruguai (56º), Equador (61º), Venezuela (74º) e Colômbia (75º), mas à frente do Peru (79º) e da Bolívia (88º).
Países marcadas por conflitos ou agitações sociais como Ucrânia (69º) e Turquia (65º) também se saíram melhor no ranking que o Brasil.
O ranking foi elaborado levando em conta dados de saúde da mulher e da criança, bem-estar econômico, educação e participação política feminina de 179 países.
Considerando a mortalidade materna, estamos em 82º, com uma morte a cada 780 nascimentos. Em relação à mortalidade infantil, estamos em 68º, com 13,7 a cada mil nascimentos. Já quando o assunto é representação política, estamos na lanterna. Ocupamos a 151ª posição, com apenas 9,6% dos cargos ocupados por mulheres.
Nas dez primeiras posições do ranking, predominam países europeus. A única exceção é a Austrália, 9º colocada.
1º Noruega
2º Finlândia
3º Islândia 
4º Dinamarca
5º Suécia
6º Holanda
7º Espanha
8º Alemanha
9º Austrália
10º Bélgica
Entre os últimos lugares, infelizmente, há apenas países africanos:
170º Serra Leoa
171º Guiné-Bissau
172º Chade
173º Costa do Marfim
174º Gâmbia
175º Níger
176º Mali
177º República Centro-Africana
178º República Democrática do Congo
179º Somália
As regiões que trazem mais riscos para as mães e crianças são urbanas, e se concentram em favelas.
Nos países em desenvolvimento, como o Brasil e a Índia, crianças urbanas mais pobres têm ao menos duas vezes mais chance de morrer que as crianças urbanas mais ricas. Em países como Ruanda e Camboja, as crianças mais pobres têm cinco vezes mais chances de morrer que as 20% mais ricas.
Todo dia, de acordo com o relatório, 17 mil crianças morrem antes mesmo de chegar ao 5º aniversário.



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