domingo, 6 de novembro de 2016

Gordinho(a) EU? Obesidade infantil.


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O número de crianças com sobrepeso ou obesidade tem aumentado de maneira significativa. Isso preocupa muito os pais e familiares, já que junto a este quadro surgem doenças crônicas como hipertensão e diabetes que não eram tão presentes nessa faixa etária.



A criança deve ser estimulada a levar uma alimentação saudável para que não sofra com a obesidade, necessitando ser balanceada e adequada com todos os grupos alimentares:


  • energéticos (fornecem energia necessária para a realização das atividades físicas: pães, batatas, arroz etc.);
  • construtores (formam tecidos e mantêm estruturas orgânicas: leite, queijos, carnes, frango, peixes, ovos, feijões etc.);
  • reguladores (vitaminas e minerais: frutas, legumes e verduras).




A alimentação também precisa ser livre de açúcares, gorduras e muito sódio e pobre em frituras, alimentos gordurosos e alimentos com muita caloria vazia, ou seja, com baixo valor nutritivo, como por exemplo, os fast foods.



Geralmente os produtos industrializados também apresentam esse perfil, além de ter muitos aditivos químicos, utilizados pelas indústrias alimentícias para melhorar o sabor, aspecto e durabilidade dos produtos, e que não trazem benefícios à nossa saúde. As preparações caseiras são mais saudáveis e ricas em nutrientes.



Deve-se dar preferência às preparações cozidas, assadas, grelhadas ou ensopadas. Rica em fibras e com alto consumo de água, e não refrigerantes ou sucos industrializados, artificiais. É necessária a prática habitual da alimentação mais natural, com sucos de frutas naturais em vez do refrigerante, um doce de frutas, compotas, geléias, bolo de cenoura, de iogurte, etc. em vez de tortas e bolos recheados, carregados de chantilly, creme de leite e chocolate.



Proibir as guloseimas como salgadinhos, balas e doces não é uma boa idéia, já que estimularão ainda mais o interesse da criança, mas podem-se estabelecer horários adequados para serem consumidos e em quantidades suficientes para não atrapalharem o apetite na próxima refeição e nem substituí-la. Se esses alimentos são incluídos na alimentação como parte da socialização escolar, de forma esporádica, não acarretam riscos à saúde.

É importante que toda a família tenha orientações para uma alimentação saudável. Isso pode ajudar a criança a crescer com bons hábitos, pois o primeiro e principal fator alimentar da criança são os hábitos da família, que se refletem diretamente nas escolhas da criança. A criança reproduz exatamente o que vê. Portanto, se os pais desejarem que seus filhos tenham uma alimentação saudável, esta prática deve ser transformada em um hábito familiar.

Além disso, é essencial ter paciência e persistência, pois crianças em fase de formação de hábitos alimentares não aceitam novos alimentos prontamente. É uma fase em que a criança se nega a experimentar aquilo que não faz parte de suas preferências alimentares ou alimentos desconhecidos. O que lhe agradam são os mais doces e muito calóricos. Isso é normal, já que o sabor doce não necessita de aprendizagem como os demais sabores, pois é inato ao ser humano.

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Os pais, geralmente por medo de que a criança perca peso ou passe fome, oferecem apenas os alimentos que são aceitos. Cabe aos pais, portanto, colocar os limites quanto ao horário, quantidade e qualidade.

Algumas técnicas alimentares inadequadas, tais como ameaças, punições, súplicas, subornos, insistências em maneiras e comportamentos à mesa também podem resultar em recusa alimentar. Forçar uma criança a comer um determinado alimento pode ser associado a um confronto.

Para se modificar o comportamento de recusa, o novo alimento deve ser provado várias vezes, sem qualquer coerção. A criança apenas deve saber que os pais esperam que ela experimente, ainda que seja em quantidade mínima. Somente dessa forma a criança estabelecerá seu padrão de aceitação ao conhecer o sabor do alimento.

É importante que os pais sejam firmes nas condutas e orientados por profissionais. Para começar devem-se modificar os comportamentos alimentares inadequados da criança e da própria família. Todos os fatores envolvidos no processo da alimentação terão influência no estabelecimento de hábitos alimentares adequados, e dependem de relação positiva e sólida, desde a criança até seu alimentador, seja mãe, pai ou outro indivíduo. Esse é o momento de proporcionar oportunidade de desenvolver habilidades para alimentar-se, aceitar uma ampla variedade de alimentos e socializar em torno da comida.


Fonte:  ANutricionista.Com - Karen Falzeta Falco Innocentini - CRN3 27588 -Nutricionista em São José do Rio Preto.







O lanche na Escola

Na maioria das vezes o problema da alimentação pouco saudável também está nas escolas. Raramente as cantinas estão preocupadas com uma alimentação saudável para as crianças. Querem vender exatamente o que a criança mais quer consumir: salgadinhos, doces, frituras, refrigerantes.
MERENDA ESCOLAR
Muitas vezes, pais e escola não sabem o que servir às crianças no horário da merenda. Existem muitas opções de alimentos fáceis de serem transportados, armazenados e de boa aceitação, mas nem sempre são os mais adequados para atender às necessidades nutricionais das crianças.

Para as crianças menores, uma refeição simples, como o lanche da manhã ou da tarde, tem grande importância nutricional. Nesses horários geralmente a criança tem mais fome. É importante que a qualidade dos alimentos oferecidos nesses pequenos lanches, incluindo a merenda escolar seja de bom valor nutricional, mas de uma forma que não comprometa o apetite da criança nas refeições posteriores.
Se a merenda for muito calórica, por exemplo, frituras, alimentos açucarados, refrigerantes, chocolates, etc., a criança provavelmente não aceitará a refeição seguinte (almoço ou jantar), o que acabará prejudicando a sua nutrição.
A obesidade infantil está diretamente relacionada ao alto consumo dos alimentos como lanches (batata frita, hambúrguer, refrigerantes, doces) e baixo consumo das refeições principais (arroz, feijão, legumes e verduras).

Futuro comprometido

A maior oferta e grande variedade de guloseimas calóricas, o dia a dia de sedentarismo ao extremo com os videogames e os computadores levam a um progressivo aumento da obesidade em crianças e adolescentes.
Nas crianças e adolescentes obesos, já estão presentes os fatores de risco para as doenças cardiovasculares do adulto, como diabetes, colesterol alto e hipertensão arterial.
Antes o pediatra nem cogitava solicitar exames de colesterol em crianças, hoje passou a ser quase uma rotina a dosagem do colesterol em escolares e o que é pior, com resultados alterados.

As estatísticas

Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo para crianças entre cinco e nove anos mostram:
  • Sobrepeso em 35% dos meninos e 32% das meninas e
  • Obesidade em 17% dos meninos e 12% das meninas.
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O que não fazer

Estimular a cultura de que a criança gordinha e que come bastante está forte, bem de saúde e bonita.
Forçar, agradar, chantagear, insistir, distrair, mentir, etc. etc. etc. para que a criança coma sempre mais, com a justificativa de que a criança está “tão magrinha que dá para ver as costelinhas”. Atenção quando não conseguimos ver as costelas é porque a criança já está obesa!
Usar vitaminas e estimulantes do apetite, porque no tempo da vovó “funcionavam tão bem e as crianças comiam tanto”.
DOCES COLESTEROL CRIANÇASSubstituir a refeição por guloseimas, porque a criança “pode ficar desnutrida e com anemia”. Atenção, só passa fome e acaba ficando anêmico e desnutrido quem, infelizmente não tem o que comer.
Estimular o sedentarismo especialmente com os videogames, computadores, internet, redes sociais, televisão, etc..
CRIANÇA ALIMETAÇÃOSe a criança já estiver gordinha não submetê-la a uma dieta restritiva com alimentos diets e lights. A alimentação da criança deve ser saudável, rica em vitaminas, fibras e proteínas de valor biológico. As porções e as quantidades desses alimentos é que devem ser controladas.


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O que os adultos devem fazer

Os adultos são exemplos para as crianças, especialmente os pais. Tudo que os pais fazem desde hábitos, atitudes até alimentação, servem de modelo e padrão de normalidade para as crianças.
Se o pai fuma ou toma cerveja na refeição nada mais natural que o filho também fume e tome cerveja.
É fundamental os pais adotarem uma alimentação mais saudável, realizar as refeições em família, estimular o preparo das refeições com a ajuda das crianças e envolver todos os que moram e lidam com a criança a ter hábitos mais saudáveis.
Atenção com as cantinas da escola. Muitas vezes o erro alimentar está ocorrendo no período de atividades escolares.
Outro ponto fundamental na prevenção da obesidade é estimular a prática de atividade física, combatendo o sedentarismo e incentivando mais brincadeiras ao ar livre.

Algumas dicas na dieta das crianças

Estimule para que comam a cada três horas evitando chegar com muita fome nas principais refeições;
Substitua os doces e guloseimas em geral por frutas;
Evite sempre os refrigerantes, incentive o consumo de sucos naturais sem açúcar;
Evite sempre que possível os alimentos industrializados;
Precocemente estimule o consumo de fibras; substitua o pão branco pelo pão integral;
Ninguém é de ferro, então doces, chocolates, refrigerantes e biscoitos devem ser consumidos com moderação, pequenas quantidades e mesmo assim esporadicamente.

Consulte um médico para receber orientação Observação: as informações exibidas descrevem o que geralmente acontece com uma condição clínica, mas não se aplicam a todas as pessoas. Essas informações não são uma consulta médica. Portanto, entre em contato com um profissional da área de saúde se você apresentar um problema médico. Se você acredita ter uma emergência médica, ligue para seu médico ou para um número de emergência imediatamente
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