quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Dia a Dia - Teologia da Prosperidade.



Caro leitor, pois, hoje em dia, infelizmente, por causa da atuação cada vez maior de igrejas que pregam a cancerígena teologia da prosperidade, essa questão de pobreza e riqueza material tem trazido muita confusão na cabeça de muitas pessoas. 
Daí surge a necessidade de avaliarmos essa situação com o pés no chão, biblicamente, para que tenhamos uma posição correta sobre sua pergunta.

Sou pobre porque não tenho fé?

Deus não proibiu que as pessoas fossem ricas, que tivessem bens, que buscassem uma vida próspera financeiramente falando. 
Vários servos de Deus tiveram muitas riquezas (Abraão, Davi, Salomão, etc.). Inclusive, Deus se apresenta na Bíblia como a fonte das nossas forças para que tenhamos uma vida financeira melhor: “Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas…” (Deuteronômio 8:18). 
Deus nos dá essa capacidade de termos uma vida melhor nas finanças.

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No entanto, devemos lembrar vários dos ensinos bíblicos que mostram que a forma como encaramos a prosperidade financeira em nossa vida deve ser equilibrada. 
O sábio ensina que Quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem” (Provérbios 11:28). 
Jesus também nos ensina sobre este tema, quando diz: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam” (Mateus 6:19-20). O ensino bíblico acerca da prosperidade financeira nos mostra que ela não deve nos dominar, não deve ser o nosso foco maior de vida, afinal, os tesouros visíveis se acabarão um dia. Porém, aqueles tesouros espirituais que cultivamos, estes irão conosco, pois estão guardados no céu.

Associar que uma pessoa pobre é pobre porque não tem fé suficiente para ser rica é um absurdo. A fé bíblica não é demonstrada através dos valores que temos depositados em uma conta corrente. Um rico pode não ter fé alguma, e um pobre pode ser uma grande pessoa de fé e vice-versa. Jesus discorreu sobre a sua própria pobreza material: “Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mateus 8:20). 
Alguém ousaria dizer que Jesus não tinha fé? O apóstolo Pedro também demonstrou que não tinha uma “conta corrente” recheada: “Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (Atos 3:6). 
Alguém ousaria questionar a fé de Pedro, a dizer que a fé dele não era operante pelo fato dele não ter prata e ouro nem para ajudar um mendigo? Da mesma forma o jovem rico que se encontrou com Cristo fez Jesus, baseado no que viu na vida dele, que era cheia de prosperidade material, declarar: “Então, Jesus, olhando ao redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!” (Marcos 10:23). O jovem rico era um jovem sem fé, mesmo com todas as suas riquezas.

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O fato de uma pessoa ser extremamente pobre pode ser devido a diversos fatores: fatores contrários a vontade da pessoa, como as circunstâncias difíceis da vida. 
Falta de oportunidades de se preparar melhor para enfrentar os desafios desse mundo. 
Falta de confiança em si mesma para vencer as barreiras e desafios. 
Doenças que aparecem repentinamente. 
Desorganização. 
Falta de objetivos.
Comodismo. 
Preguiça. 


Ou até mesmo uma escolha da pessoa (por exemplo, missionários que vão a lugares longínquos fazer a obra de Deus nem sempre têm condições de ter uma vida mais próspera, antes, assumem uma vida o mais simples possível, a fim de focar-se inteiramente na obra de Deus. Etc. Enfim, são vários os fatores que podem levar uma pessoa a ter dificuldades na área financeira e eles não tem nada a ver com a fé bíblica. Evidentemente que quando estamos firmados em Deus existe uma mudança de postura de nossa parte, pois temos uma visão diferente das coisas da vida, e podemos sim ser muito abençoados por Deus também na área financeira.  
Mas a nossa fé não é o fator que determina sucesso ou derrota financeira. Em outras palavras, Deus não fará de todos os que têm fé pessoas ricas financeiramente falando, e nem de todos que não têm fé pobres materialmente falando.

Assim, cada pessoa deve cultivar uma visão moderada a respeito das riquezas e da fé em Deus, buscando sim mudar sua vida para melhor, mas sem colocar nisso todas as suas forças, pois a vida tem também outros “tesouros” a serem conquistados conforme nos ensinou Jesus.

Marcio Natali

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